quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ramana, um líder iluminado


Ainda em Tiruvananmalai, no dia seguinte, fomos visitar o Ashram do Ramana. Pessoas de todo o canto do mundo meditando e andando de um lado para o outro. Tivemos a oportunidade de assistir ao cântico e à lavação do lugar aonde está depositada as cinzas do Ramana. Um pouquinho da história do Ramana: Aos 17 anos ele sentiu que ia morrer. Não havia nada de errado com a sua saúde, mas ao invés de fugir desse medo primordial ele simplesmente deitou e experimentou o temor em toda a sua intensidade. Aí ele começou a questionar o que era morte, o que morre e ele entendeu que o corpo morre. Sentiu todos os sintomas da morte, (corpo rígido, parada de respiração) mas tinha total consciência do seu corpo inerte bem como do que estava além do corpo. Nas palavras de Ramana: ''Bem, então eu disse para mim mesmo, este corpo está morto. Ele será levado para o chão ardente e reduzido às cinzas. Mas com a morte do corpo meu 'eu' está morto? Este corpo não pode ser o 'eu', pois agora está silencioso e inerte, enquanto eu sinto a força da minha personalidade, do 'eu' existe por si só, para além do corpo. Então, 'eu' sou o espírito, uma coisa que transcende o corpo'' Bem profundo né? E ele atrai até hoje devotos de todo o mundo que querem absorver um pouco de seu conhecimento.


Ainda no Ashram, subimos um montanha que nos levava a lugares que o Ramana meditava. Ao chegar lá no topo uma vista maravilhosa! E ao olhar o templo de Shiva dali eu até simpatizei com ele! Observando de longe ficou mais fácil de entender e enxergar a beleza do lugar...
Meu rosto mostra exatamente a complexidade da minha mente neste momento da viagem. Era tanta coisa nova para absorver e tanta diferença de realidades que minha mente estava cansada de tentar entender. Foi difícil passar por esta cidade sem acessar pré - conceitos que já estão enraizados no meu 'ser', e que foram construídos desde pequena.