segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sono, pimenta e bichos.


Por incrível que pareça, a única coisa que eu queria fazer era dormir. Mas eu tinha que comer porque não tinha comido desde a última refeição no avião. Chegamos ao hotel, tomamos um banho um tanto quanto estranho(tomar banho de balde era melhor que usar a ducha devido à enorme quantidade de pingos que caíam menos na minha cabeça) e fomos almoçar em um restaurante super tradicional. A pimenta comeu solta. Não sei se é porque eu estava com fome, mas eu comi com pimenta e tudo mais. A pimenta não é algo que eu estava acostumada a comer no Brasil. Ela espalha pela boca toda e arde muito! A minha boca ficou toda vermelha com a mistura de temperos fortes e pimenta que caracteriza a comida indiana. Voltamos para o hotel para dormir. Eu realmente precisava daquilo... Acordamos no final da tarde e fomos passear na cidade para reconhecer o ambiente! A cidade é muito simples, como vocês puderam ver no post anterior. Passa cabrito, gato, elefante, cachorro, vaca na rua. Quase me senti em um zoológico! E tem também umas redes de pescar enormes que eles chamam de chinese fishing net. Nada igual à rede de pescar que tem no Brasil. É uma forma bem medieval e eficiente de pescar muitos peixes ao mesmo tempo, usando pedras de manhã ou luz à noite para atrair os peixes.



chinese fishing net ( coloquei grandão porque achei esta foto muito poética)






segunda-feira, 17 de maio de 2010

Um primeiro olhar sobre a India.

Ê India que não chega!! O vôo de Doha para a India foi super cansativo, sem dormir (porque tinha um brasileiro no nosso avião que não via brasileiros há muito tempo e não parava de falar!!), estressante! Esse negócio de imigração é um saco, ainda mais quando você está cansada, de madrugada, sem paciência, o aeroporto é uma zona e quase que um estrangeiro leva nossa mala " achando" que era a dele. Mas tudo bem: Terra à vista! Conseguimos chegar à India! Pegamos o vôo doméstico horroroso e barulhento e monstruoso. Chegamos em Kochi, no sul da India e tivemos que pegar um taxi trip no aeroporto. Era um carro bem pequeno e a mão de direção é inglesa: O motorista dirige do lado direito do carro e da pista! Eu não ia me acostumar fácil se fosse eu dirigindo. O trânsito é realmente caótico e os motoristas andam com a mão na buzina. Buzinam para tudo e todos e ultrapassam o carro quase batendo no carro da outra mão. A cidade é bem fedida e tem lixo para todos os lados. Eu estava muito cansada e dormi quase o tempo todo que levou para chegar em Fort Kochi. No meio da viagem eu acordei e me deparei com um elefante! Juro, elefante!! Eu e papai morremos de rir! Tinha um elefante no trânsito! Pena que perdemos a foto! Bom que deu para relaxar um pouquinho. Apesar da confusão achei os indianos de lá muito acolhedores. Muito fofo como eles balançavam a cabeça para falar. Nas fotos, algumas ruas em Fort Kochi, sul da India.
Obs: Este post foi diretamente influenciado por meu olhar inicial, que não conseguiu abster dos conhecimentos prévios passados por terceiros, sobre a India.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Do outro lado do mundo!

Chegamos em Doha era meia noite e nossa mala não apareceu... Ainda bem que o povo fala inglês lá porque senão a gente ia passar apertado. Descobri que a companhia aérea em que estávamos viajando enviou nossas malas diretamente para a conexão que íamos fazer 21h45min no dia seguinte! Horrorizei!! A gente até podia esperar eles irem pegar as malas, mas ia demorar só 3 horas!! Decidimos ir para o hotel sem malas, é claro! A gente só tinha a roupa do corpo e nossas malas de mão. Calcinha, só a do corpo também para o meu horror pessoal... O meu irmão disse que ia ter alguém com o nosso nome esperando no aeroporto, igual em filme! Fiquei me achando! Hahaha!! Achamos o mocinho e ele pediu para esperármos pois ia pegar o carro. Depois de 2 minutos apareceu na minha frente nada menos que um Jaguar. A gente estava passeando de Jaguar no Oriente Médio! Eu nem sabia que esse carro existia!

Chegamos no Sheraton e me achei em um hotel gigantesco, imenso, enorme e com uma estrutura enorme também. Coisa de magnata. No quarto tinha uma varanda com uma vista (essa aí do lado!) que deu para horrorizar de novo! Maravilhosa! No café da manhã serviram um banquete que só de olhar eu passei mal. É muita comida! Não é um hotel que eu escolheria para ficar. Prefiro algo mais aconchegado e simples. Esses negócios muito grandes fazem a gente sentir um pouco intimidada. Sem contar que o Chef de cozinha do hotel cismou comigo, que ele agora era meu "papa" também e que ia me dar dinheiro para eu passear pela cidade! Horrorização bestificada! Fiquei boba! Depois ele aprendeu a falar açúcar em português com o meu pai e começou a me chamar de sucar. Sucar prá cá, sucar prá lá quase que eu achei que ele ia me raptar!! Não sei como eles são, ou o que eles fazem, mas só sosseguei quando descobri que ele era do Egito e respirei aliviada. Olha aí ele com o meu pai do lado! Bem, agora eu vou falar da minha impressão pessoal sobre Doha. Doha é uma cidade do Oriente virando uma cidade do Ocidente. Eles estão na crise! Todo mundo fala mais inglês do que árabe e os nativos não são muito amigáveis. Até as lojas do shopping tem os nomes inscritos em árabe e em inglês. A maioria das mulheres usam um tipo de sári mais fechado. E também vi algumas mulheres com a burca, somente os olhos aparecendo. As mais jovens, não casadas vestem sáris lindíssimos, dignos de princesas! Já os homens, usam uma roupa branca com um pano branco na cabeça. E não tem nada de muito interessante para se ver. Só a arquitetura super moderna... e torta.





Eu e um nativo e a arquitetura moderna. A minha cara está ótima, mas vocês não imaginam como o meu cheiro estava para além da minha percepção pessoal...