terça-feira, 20 de setembro de 2011

O bendito do macaco.

Mil anos depois... hahah!! Voltei! Continuando a nossa viagem! Durante toda a nossa caminhada apareciam alguns macaquinhos, que por sinal eram muito inteligentes! Em um determinado ponto havia uma senhora que vendia bananas para os turistas. Como a gente não tinha levado água, resolvemos comprar algumas para disfarçar a sede. Ao abrir a banana para comer, os macacos começaram a me rodiar. Até então, normal. Macaco e banana são realmente complementares e ninguém tem dúvida disto né? Terminei de comer e sobrou a casca na minha mão. De repente, uma população inteira de macacos apareceu para pegar a minha casca de banana e as pessoas que meditavam começaram a rir de mim. Inevitável, porque quanto mais eu dizia para eles irem embora, mais eles avançavam. Um macaco chegou até a rosnar para mim!! Com a confusão armada, sai um homem de dentro da casinha de meditação, alarmado pelo barulho, e me olha no fundo dos meus olhos. Nesta hora eu já não sabia mais o que fazer, se eu corria do macaco ou do homem. O homem me xingou e eu não entendi nada. Na verdade, ele fez o maior escândalo porque pensou que eu dei comida para o macaco e eu realmente não tinha dado! Eu estava a ponto de ser atacada pelo macaco, isso sim! A minha resposta para ele foi um olhar (tremido de medo) no fundo do olho dele dizendo, com as poucas palavras em inglês que me vinham na cabeça, que eu não tinha dado comida para o macaco e que ele não podia falar que eu dei se não tinha visto. Não adiantou muita coisa...O olhar daquele homem ficou na minha mente por um bom tempo ainda. Mas depois passou. Tinha muita coisa para elaborar e não podia ficar pensando nisso. Só fiquei incomodada pelo fato de que em um lugar aonde supostamente o entendimento do ser humano, das relações e inclusive do transcendente é tão latente, este homem conseguiu retornar a uma condição tão instintiva, sem controle, sem nem ter visto o que aconteceu. Mas são só questionamentos né?



Aparentemente tão inofensivo né?